Pit Stop

Dream of Californication

O ano era 1999, eu estava com 13 anos e formando a “espinha dorsal” de minha personalidade, recebendo, selecionando e incorporando diversas influências. Naquele tempo não havia essa enxurrada de informações que há hoje (a internet era igual a pílula na música do Reginaldo Rossi, “já existia, mas nem se falava”) e pra completar, eu ainda morava longe. Tudo que chegava às minhas mãos era criteriosamente analisado, pois não desejava perder algo bom por conta de minha imaturidade, soma-se a isso, o fato de morar em um lugar relativamente isolado no qual passava semanas sem surgir algo novo da cena gringa, me faziam consumir repetidamente os produtos que chegavam a mim, até formar opinião plena sobre todos. Foi nesse contexto de tempo e espaço que me deparei com uma banda até então desconhecida pra mim, que usava o baixo tanto quanto a guitarra e fazia um mix perfeito de melodias suaves e funks estridentes e ensurdecedores, que me fez enxergar o mundo não mais de forma metódica e técnica, mas de uma maneira introspectiva e, ao mesmo tempo, leve. A partir dali, o mundo passou a não ter mais horizontes pra mim e até hoje, eu o encaro como aprendi em 1999, com espírito livre.

Pensamentos Contraditórios # 15

Quanto mais penso...

Mais dúvidas tenho.

Pensamentos Contraditórios # 14

Quero emagrecer!

Sanduíche de pão integral... E coca-cola.

Salada de frutas... Com (muito) leite condensado.

Academia... Sem exercício aeróbico.

o festim #13

o festim #13. Nesta sexta-feira 13, do ano de 2013, eis que está no ar o festim nº 13. Coincidência? Num sei, só sei que foi assim. E bem, pra isso seu update sonoro traz pra você um pouco de música calma. É, isso mesmo. Música calma.

Confira, então, o som majestoso do Sepultura, do seu A-Lex (2009), disco baseado no livro Laranja Mecânica, do escritor britânico Anthony Burgess; o clássico Black Metal (1982), do Venom; o lançamento de Fool Metal Jack (2013), d’Os Mutantes; e a delicadeza do Black Sabbath, com o seu 13 (2013), pra coincidir logo com o dia.

Boa escuta!

Assistir novela pra que?

Hora de desopilar e o José faz o quê? Liga a TV e põe na novela. Ahahaha, não mais. Esse maldito hábito, que me perseguiu durante toda a vida, é um costume quase que extinto do meu ritual diário (estudo, lazer, trabalho).

Vírus...

Séries americanas são sempre muito bem produzidas (algumas melhores que filmes premiados) e angariam fãs por todas as partes do mundo. Aqui, na Garagem Dinâmica, não poderia ser diferente. Uma febre pop nos quatro cantos do Globo, The walking dead, é sempre uma das mais citadas nas rodas de conversas informais de fim de tarde, seja na praça ou nos bares. Quando isso rola eu fico literalmente à deriva num mar de zumbis... Eu até gosto da ideia e da proposta da série, usando o apocalipse zumbi para demonstrar o ser humano, e suas relações, na essência, quase selvagem. O problema, pra mim, é todo o enredo se passar no interior do enfadonho estado da Geórgia, nos USA, e não em Londres, Paris...  Outra queixa minha são os personagens-clichê, como o Cowboy machão, o “best friend”, que sempre se interessa pela mulher do “amigo” e, não esqueçam, o garotinho americano que adora armas de fogo – so cute! No entanto estou aqui para falar não da série em si, mas de uma personagem secundária, que apesar da importância na trama, pouco é comentado no folhetim televisivo da HBO, ele mesmo, o vírus.

Devaneios Dramáti(co)gnitivos

E nessas idas e vindas de ônibus (viva o transporte coletivo!) sempre vemos os bons moços das instituições que tratam de dependentes químicos a (tentar) vender seus produtos, por uma causa nobre. Geralmente não compro, parto do pressuposto de que ele(s) devem elaborar bem seu discurso de venda, e não esperar a benevolência das pessoas. No entanto já cheguei a comprar bala de gengibre, que detesto, por conta do bom papo do vendedor, não que ele tenha me convencido, e sim que entre as duas teorias de valoração (e não da formação de preços) das mercadorias sou adepto da teoria do valor trabalho e não do valor utilidade. Mas, voltemos à vaca fria. Da última vez um cara da Manassés (sempre eles né?!) adequou bem seu discurso. Pelo horário, meio dia, acertou o público que estaria ali, estudantes. Discursou sobre o ENEM e promoveu uma promoção: Aquele que acertasse uma pergunta ganharia o produto (pastilha com “santinho”.)

Pensamentos Contraditórios # 13

Dia da Independência, política.

Tempos de engesso, político.

o festim #12

o festim #12. De agora em diante, um update. Mas, com sons velhos também. festiiin.

Neste programa, confira o dub e o ragga de Café Preto, com o seu debut que foi lançado no ano passado; Catarina, um misto de brega com tecnobrega, punk tropical e cumbia, no incrível Mulher Cromaqui (2013); Tom Zé, com sua homenagem ao Tropicalismo no Tropicália Lixo Lógico (2012); e Fela Kuti, com o clássico Zombie (1976), Mister Follow Follow.

Boa escuta!

Uma resposta possível (e transitória)

Toda vez que você está na praia (ou em qualquer outro lugar), vendo aquele #clichê maravilhoso pôr-do-sol, o que você está vendo na verdade é o passado, já que a luz do sol chega com oito minutos de atraso a Terra. Seguindo o raciocínio a partir da astrofísica, vemos o céu azul por causa da atmosfera terrestre, uma vez passada vemos o céu negro, como visto da Enterprise. Isto é, nossa percepção da “realidade” é influenciada até por questões como essas. Fizemos duas perguntas em textos anteriores. Quem somos nós? (Uma simples primeira pergunta complexa). E o que é real (Uma simples segunda pergunta complexa). Agora conversaremos sobre uma resposta possível (e transitória).

Advogado Pop

Hoje a série Profissões Pop vem pra falar da Advocacia, uma das profissões que reúne um bom número de personagens amados e odiados no mundo pop e que, no Brasil, é uma das profissões do “império”, ao lado de Engenharia e Medicina, profissões de status. Convidamos, então, o advogado mais pop da atualidade para que nos dê alguns detalhes de sua rotina de trabalho. Ele é Harvey Specter, o advogado mais sagaz da série de tv Suits.

A vida imita o game e o game imita a vida

A definição do que é vida (pelo menos do ponto de vista biológico) é bem complexa, e ambígua também, nem os dicionários chegam a um consenso, se limitando a dizer somente o nada - #SQN - óbvio “período de tempo que decorre desde o nascimento até à morte dos seres”.  Mas sim, ora pois, quero mesmo é que me respondam como e por que a matéria se organizou tão perfeitamente utilizando somente forças eletroquímicas  moleculares, quem a guiou nisso tudo e, principalmente, quem foi o primeiro a apertar o “start”. A vida, pra ser melhor entendida, pode ser comparada a um game há muito iniciado, e os seres viventes, aos personagens. Com o passar das fases do tempo surgiram novos personagens e alguns deles ganharam novas habilidades, tudo igualzinho a um game de verdade, no entanto, nesse jogo da vida o console nunca é desligado, e Game Over - extinção! - não rola.

Hollow man e a piada do Superman

Minha piada favorita, que sempre conto em roda de amigos, foi retirada do filme O Homem sem sombra (Hollow man). O vídeo está em inglês, mas para não perder nenhum detalhe clique no ícone de legenda para visualizar as legendas em português. As legendas estão legais, diferente daquela tradução péssima que o you tube sempre faz. Veja se merece seu sorriso como ganhou o meu.

o festim #11

o festim #11. Modo on para o punk.

NESTE PODCAST, CONFIRA RDP com o seu Anarkophobia (1991), num cover dos RAMONES; THE EXPLOITED, com Beat The Bastards (1996); DOG PARTY, com Lost Control (2013); E ORGASMO SUICIDA, com Biografia (2005).

BOA ESCUTA!

Esse hormônio é pop

Aqui and acolá, de vez em quando, surge nas áreas ligadas à saúde um tratamento, um produto natural, um método, até mesmo uma dieta, algo que, segundo alguns defensores mais xiitas, seria a solução de todos os problemas da humanidade. Geralmente os criadores desses modismos não esperam sequer uma certificação científica para jogá-los, sem paraquedas, no mercado. Felizmente, com o passar do tempo e o desenrolar das pesquisas, vê-se que a maioria dos efeitos milagrosos só existem na cabeça das pessoas que os consomem, e os serviços/produtos são abandonados (ou não né, mesmo assim ainda tem gente que continua a usá-los, há louco pra tudo nesse mundo). O problema é tão sério que nem a metódica e poderosa indústria farmacêutica americana escapou (a Merck, que pagou bilhões em indenizações pelo Vioxx®, que o diga). No campo das ciências, a maioria dos pesquisadores também elegem seus produtos e métodos prediletos, mas com a diferença básica, e fundamental, de que para um deles, uma droga, por exemplo, chegar a prateleira de uma farmácia ou nos armários de um hospital, lá se vão pelo menos uma década de estudo. No meio desse complexo processo de investigação, sendo estudada em diversos aspectos, está uma substância endógena há muito conhecida, mas que só há pouco tempo se tornou febre nos laboratórios do mundo, a melatonina, o hormônio pop.

Quadrofonia

Qual o seu disco favorito? Pergunta difícil, né? Geralmente, pra quem é viciado em música tecer uma resposta se torna complicado. No entanto, até que podemos de alguma maneira demonstrar um favorito. Foi isso o que fizeram os vários participantes deste clipe do Superchunk, na música Me & You & Jackie Mittoo. Um pop-punk bem californiano, lançado no recente disco da banda I Hate Music (2013).

E o que você dirá sobre este novo clipe do Otto com cavalos, hein? Mas, atenção, antes que você veja o clipe, fique sabendo que há nu artístico. É uma coisa linda, uma metáfora incrível. Belíssimo este vídeo de O Que Dirá o Mundo, música do último disco do cantor, The Moon 1111 (2012), com participação especial de Lirinha.

Dia do Psicólogo

Quando as coisas se acalmavam,
o Dr. Lecter e eu falávamos...

dos meus cursos de ciência...

Informação sobre curso
de psicologia, enfermeiro Barney?

Não, senhor. Não considero
psicologia uma ciência.

Nem o Dr. Lecter.

(Risos)

Esse é o diálogo inicial do filme Hannibal, sequência de O Silêncio dos Inocentes, ironizando que o psicopata, serial killer e canibal, Dr. Hannibal Lecter (psiquiatra e erudito) não gosta de psicologia.

Hoje é dia do psicólogo, profissão que tem como base a ciência psicológica, pra mim a mais completa entre todas. Como sempre tive interesses amplos e variados, somente ciências amplas e complexas me estimulariam (como primeiro aconteceu com a sociologia).

A psicologia é a única ciência que vê o todo, individual e social. Da Neuropsicologia à Psicologia Social, da Psicologia das Organizações à Psicologia da Saúde, da genética molecular do comportamento à fenomenologia. Da Psicopatologia (que obviamente o Dr. Hannibal não gosta) à Psicologia Positiva. Das questões políticas às questões econômicas (sim, meu caro Germano, a Economia não é a the best, lol). Muitos outros fenômenos interessam à psicologia, afinal as pessoas estão em todos eles.

Vamos então até o Pavlov’s Bar pra comemorar! 

o festim #10

o festim #10. A festinha mais particular e pública chega a sua décima edição. Comemorando, trouxe pra você o som de um dos melhores discos lançados neste ano. Já é fato, o Random Access Memories, do Daft Punk. Eu, até pouco tempo, ainda não o tinha escutado. Apesar de ter lido excelentes críticas desde seu pré-lançamento, a respeito de sua produção, com vazamentos e vídeos de divulgação pela internet. Mas, foi somente agora nesta última semana que parei para ouvi-lo, direitinho. Ele que estava guardado bem ali, e eu não vendo a hora.

Com as batidas dançantes do Daft Punk, quebrei as regras do jogo d’o festim, pois é sempre na mudança da dança. Sons como os de Ronnie Von, do seu incrível A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969), um dos discos mais psicodélicos da música brasileira; do Trio Eterno, um projeto só massa com Felipe S. do Mombojó, com o seu Suíte Pistache (2013); e do Criolo e Emicida, juntos com Mano Brown dos Racionais MC’s, fazem a “vida louca” e marcam a presença nesta comemoração.

Boa escuta!

Pensamentos Contraditórios # 12 (especial A Natureza das Coisas)

"Amanhã pode acontecer tudo. 

Inclusive nada."

Flávio José